31 maio 2018
Em memória de Júlio Pomar (1926-2018)
O olhar do pintor não é uma prótese destacável do seu corpo ou do seu cérebro.
JÚLIO POMAR
Nascido no bairro de Santos, em Lisboa, perto do Museu Nacional de Arte Antiga, Júlio Pomar frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio (Lisboa) e depois as Escolas Superiores de Belas-Artes de Lisboa e do Porto. Participou em 1942 numa primeira mostra de grupo, em Lisboa, e realizou a primeira exposição individual em 1947, no Porto, onde apresentou desenhos. Nesses anos, a sua oposição ao regime de Salazar acarretou-lhe uma estada de quatro meses na prisão [de Caxias], a apreensão do quadro "Resistência" (1946) pela polícia política e a ocultação dos frescos com mais de 100 m2, realizados para o Cinema Batalha no Porto.
Pioneiro na defesa do neo-realismo pictórico, criou alguns dos seus ícones como "Gadanheiro" (1945) e "O Almoço do Trolha" (1946-50). Daí ao "Ciclo do Arroz" (1952-53), Júlio Pomar desenvolveu não apenas a ideia como as possibilidades imagéticas de uma arte de compromisso político e social, numa época marcada pela luta antifascista. A partir de 1957, pressentindo o esgotamento da estética neo-realista, a obra de Pomar evolui no sentido de uma progressiva indistinção dos contornos em direcção a um novo relacionamento tensional entre as figuras e o plano bidimensional do quadro, mediante o dinamismo de um registo gestual filiado nos informalismos da pintura europeia do pós-guerra. Em 1963, instala-se em Paris, iniciando um projecto plural que se vai desenvolvendo ora em torno de 'assemblages' ora sustentando uma pintura que sugere movimento e tende a assumir a presença de uma caligrafia gestual abstractizante. Num momento seguinte vai fixar-se numa maior depuração formal, na procura, a partir da exploração de campos de cor lisa bem definidos e contrastantes, dos vestígios do corpo erotizado, e na representação fragmentária e dissimulada do sexo. Os anos 80 iniciam uma nova fase, marcada pela explosão e movimento gestual de um jogo entre as figuras e a sua metamorfose biomórfica. A representação do corpo é assumida no plano de uma ficção pictural onde figuras animais por vezes antropomorfizadas encenam o espaço da pintura no confronto de uma herança cultural que vem da tradição das antigas narrativas até aos mitos de uma portugalidade histórica. Desde a década de 90, Júlio Pomar tem vindo a reinventar as possibilidades da sua pintura, numa panóplia de figuras animais que se misturam com o referente do corpo humano, na experiência dos limites formais do seu reconhecimento.
Além da obra de pintura, desenho, escultura, cerâmica, gravura, etc., Júlio Pomar escreveu os ensaios "Catch: Thèmes et Variations" (1984), "Discours sur la Cécité du Peintre" (1985), "...Et la Peinture?" (2000), todos publicados pela editora parisiense Éditions de la Différence, tendo os dois últimos sido traduzidos por Pedro Tamen com os títulos "Da Cegueira dos Pintores" (Imprensa Nacional, 1986) e "Então e a Pintura?" (Publicações Dom Quixote, 2003); e duas colectâneas de poemas "Alguns Eventos" (1992) e "TRATAdoDITOeFEITO" (2003), ambas com chancela das Publicações Dom Quixote. [Fontes: textos biográficos publicados nos sites do Atelier-Museu Júlio Pomar e do Instituto Camões]
Quando morre um vulto da Cultura Portuguesa, é expectável e justo que os vários canais do serviço púbico de radiodifusão lhe rendam a devida homenagem, com a transmissão de programas expressamente realizados para a ocasião e/ou resgatados do arquivo histórico.
No caso de Júlio Pomar, a Antena 2 reemitiu duas entrevistas: uma concedida a Luís Caetano, em 2013, para o programa "A Ronda da Noite" >> RTP-Play] e outra a João Almeida, em 2014, para o programa "Quinta Essência" >> RTP-Play]. Sendo de louvar tal resgate, penso que algo mais podia ser feito para facultar aos ouvintes uma mais profunda contextualização histórica e estética do legado do artista, designadamente a 'exumação' de um dos programas do saudoso e sapiente crítico de arte Rui Mário Gonçalves – "As Cores e as Formas" ou "A Dádiva das Formas" – no qual a obra de Júlio Pomar esteve em foco.
Na Antena 1 nada me constou (além da notícia do falecimento, bem entendido), mas como não tive possibilidade de manter o canal debaixo de continuado escrutínio, dou o benefício da dúvida em que, ao menos, tenham posto no ar o documentário radiofónico "Vidas Que Contam", realizado por Ana Aranha e originalmente transmitido em Maio de 2007 >> RTP-Play]. Dado que Júlio Pomar foi também poeta e havendo canções gravadas sobre poemas seus, seria igualmente da mais elementar justiça que algumas (ou todas) fossem incluídas na 'playlist', idealmente com uma nota apensa, para locutor ler, referindo que o poema foi escrito por Júlio Pomar. Aqui apresentamos cinco espécimes: três na voz de Carlos do Carmo e dois na de Cristina Branco. Em jeito de preâmbulo a esse florilégio poético-musical, cronologicamente ordenado, fica o instrumental "Os Eternos Mascarados" que o músico Júlio Pereira concebeu para o álbum "Janelas Verdes" (1989), inspirado num quadro de Júlio Pomar, pertencente à série "Os Mascarados de Pirenópolis" (1987).
Júlio Pomar, "Os Mascarados de Pirenópolis", 1987, acrílico e carvão sobre tela, 100 x 81 cm
«... a irrecusável procura da chave do nosso enigma, na certeza antecipada de que o seu cerne permanecerá oculto só para qualificar a vida dos que se dispuseram a decifrá-lo...»
ANTÓNIO ALÇADA BAPTISTA
Os Eternos Mascarados
Música: Júlio Pereira (para a pintura de Júlio Pomar acima apresentada)
Intérprete: Júlio Pereira* (in LP/CD "Janelas Verdes", Anónima/EMI-VC, 1990, reed. CNM, 1994)
(instrumental)
* Júlio Pereira – viola braguesa, adufes, guitarra portuguesa e sintetizadores
Vasco Gil – piano eléctrico
Tomás Pimentel – trompete
Paulo Curado – flautim
Quim Correia – viola baixo
Carlos Guerreiro – gaita-de-foles
Direcção musical e arranjos – Júlio Pereira
Produção – Júlio Pereira
Assistente de produção – Manuela Medeiros
Gravado e misturado no Angel Studio II, Lisboa, em Agosto e Setembro de 1989
Técnicos de som – José Manuel Fortes e Jorge Barata
Mistura – José Manuel Fortes e Júlio Pereira
Circe (Meu Amor, Corre-me o Corpo)
Poema: Júlio Pomar
Música: Custódio Castelo
Intérprete: Cristina Branco* (in CD "Ulisses", Emarcy/Universal Music S.A.S. France, 2005)
[instrumental]
Meu amor, corre-me o corpo
Com beijos soltos nos dedos!
Que as sombras da tua pele
Aprendam os meus segredos.
Meu amor, corre-me o corpo
Com beijos soltos nos dedos!
Meu amor, corro-te o corpo
Com beijos soltos dos dedos.
Que as sombras da minha pele
Naveguem nos teus segredos.
Meu amor, corro-te o corpo
Com beijos soltos dos dedos.
Meu amor, corre-me o corpo
Com beijos soltos pelos dedos!
Que as sombras da minha pele
Se soltem dos teus segredos.
Meu amor, corre-me o corpo
Com beijos soltos pelos dedos!
[instrumental]
Meu amor, corre-me o corpo
Com beijos soltos nos dedos!
Que as sombras da tua pele
Aprendam os meus segredos.
Meu amor, corre-me o corpo
Com beijos soltos nos dedos!
Meu amor, corre-me o corpo
Com beijos soltos nos dedos!
* Cristina Branco – voz
Custódio Castelo – guitarra portuguesa
Alexandre Silva – viola
Fernando Maia – viola baixo
Ricardo J. Dias – piano
Arranjos – Custódio Castelo e Ricardo J. Dias
Produção – Custódio Castelo
Co-produção e programação – Fernando Nunes
Produção executiva – Yann Ollivier / Universal Music S.A.S. France
Gravado e masterizado por Fernando Nunes, no Estúdio Pé-de-Vento, Salvaterra de Magos, de Junho a Setembro de 2004
Fado do 112
Poema: Júlio Pomar
Música: Armando Augusto Freire, vulgo "Armandinho" (Fado Manganito)
Intérprete: Carlos do Carmo* (in livro/CD "À Noite", Universal Music Portugal/Tugaland, 2007, reed. Mercury/Universal Music Portugal, 2013)
[instrumental]
Sem capricho ou presunção,
Nesta torre de papel
Deita sete olhares de mel, | bis
Deita sete olhares de mel |
Em metade de um limão. |
Na noite mais traiçoeira
– Ruim, medonha, brutal –,
Descontada a pasmaceira, | bis
Descontada a pasmaceira |
Do inferno do normal, |
Se me vires a cara séria
– Juiz togado ou em fralda –,
A julgar faltas, à balda, | bis
A julgar faltas, à balda, |
Num tribunal multimédia |
E tomado o pensamento,
Por rombo, machado ou moca,
Pega no laser da moda! | bis
Pega no laser da moda! |
Dou-te o meu assentimento. |
Se me vires, por fraqueza,
Por perfídia ou aflição,
Mergulhado na tristeza, | bis
Mergulhado na tristeza |
Com que se mói a razão |
E servi-la à sobremesa
Das ceias da frustração,
Assentado na baixeza, | bis
Assentado na baixeza |
O programa da nação, |
Por favor, peço-te só:
Não te demores, vem logo!
Traz gasolina, põe fogo! | bis
Traz gasolina, põe fogo! |
Meu amor, não tenhas dó. |
* Carlos do Carmo – voz
José Manuel Neto – guitarra portuguesa
Carlos Manuel Proença – viola de fado
José Marino Freitas – baixo acústico
Produção – Carlos do Carmo
Gravação, mistura e masterização – Fernando Nunes, no Estúdio Pé-de-Vento, Salvaterra de Magos
A Guitarra e o Clarim
Poema: Júlio Pomar
Música: Joaquim Campos (Fado Puxavante)
Intérprete: Carlos do Carmo* (in livro/CD "À Noite", Universal Music Portugal/Tugaland, 2007, reed. Mercury/Universal Music Portugal, 2013)
[instrumental]
Todo o caso tem um fim,
E se à noite se encontravam
A guitarra e o clarim, | bis
Na mesma cama ficavam. |
Mas quando se descruzavam
Por coisas assim-assim,
Era por ela, p'ra mim | bis
Ser guitarra, não clarim. |
Como pode uma guitarra
Ler a agenda dum clarim?
Tudo nota e nada conta, | bis
Fecha o livro e diz que sim! |
E por contar que contava
O clarim, ao recolher?
Era cinema sem crer | bis
Que nem à noite enganava. |
Pode o clarim dar a volta
Às ancas duma guitarra?
E que contava a guitarra | bis
Das prosápias do clarim? |
* Carlos do Carmo – voz
José Manuel Neto – guitarra portuguesa
Carlos Manuel Proença – viola de fado
José Marino Freitas – baixo acústico
Produção – Carlos do Carmo
Gravação, mistura e masterização – Fernando Nunes, no Estúdio Pé-de-Vento, Salvaterra de Magos
Fado do Mal Passado
Letra: Júlio Pomar
Música: António Victorino d'Almeida
Intérprete: Cristina Branco* (in CD "Kronos", Universal Music Classics France, 2009; 3CD "Idealist": CD 1 – Fado, Universal Music Classics & Jazz France, 2014)
[instrumental]
Ó Fado do já passado,
Se te quadras p'ró futuro
És dado p'ra ser jogado!
O resto fica no escuro.
Fado nosso da saudade
Que nos consolas de tudo,
Tens a mesma utilidade
De, no Verão, um sobretudo.
[instrumental]
Sobretudo não me digas
O mundo feito de vez:
Cada mês é outro mês
E do pão se fazem migas.
Ó tempo que és mudança,
Passa o presente a passado!
Depois do caldo entornado,
Muda o disco e siga a dança!
[instrumental]
E por disco e por mudança,
As mudanças são a esmo:
Nada se mantém o mesmo
E até o povo se cansa.
[instrumental]
Ó tempo atento à mudança,
Passa o presente a passado!
Antes do caldo entornado,
Salta a pulga p'rá balança.
Sai um fado mal passado
Co'a salada do futuro!
No cinto faz mais um furo
E não digas "obrigado"!
[bis]
[instrumental]
* Cristina Branco – voz
José Manuel Neto – guitarra portuguesa
Alexandre Silva – viola
Fernando Maia – baixo acústico
Ricardo J. Dias – piano
Arranjos e produção musical – Ricardo J. Dias
Produção – Yann Ollivier / Universal Music Classics France
Produção executiva – Olga Carneiro / ONC Produções
Gravado e masterizado por Nelson Carvalho, nos Estúdios Valentim do Carvalho, Paço d'Arcos, em Novembro e Dezembro de 2008
Canto Três
Poema: Júlio Pomar
Música: António Victorino d'Almeida
Intérpretes: Maria João Pires & Carlos do Carmo* (in CD "Maria João Pires / Carlos do Carmo", Universal Music Portugal, 2012, reed. Mercury/Universal Music Portugal, 2013)
[instrumental]
Há o amor, é urgente,
Não dêem cabo na gente
Do que temos de melhor,
De que o Paredes dizia
Que era a própria poesia,
Porém, sem menção de autor!
E para mais, quanto ao resto,
Saia o gado sem cabresto
Dispensando-se o preceito
D'evitar o trinta e um:
"Ó meu, tens aí algum? | 3x
E não digas "bom proveito"! |
A uma estória esquisita,
Na qual à Maria Rita
Uns dentinhos de pescada
Na boca do corpo dita,
Vieram à dita confita
E a pobre amargurada.
Nas noites desta Lisboa,
As garinas numa boa
Pela Travessa da Palha:
Olhos fechados a mundos
Vindos do fundo dos fundos
Daquela triste batalha
D'Alcácer Quibir (dou fé,
Morremos todos de pé!).
Não digas à minha mãe,
Varina na Madragoa,
Que julga estar em Lisboa | 3x
Um presidente em Belém! |
E se o fim ela não vê,
Pede ajuda ao Carlos Tê!
Que não é parto sem dor
O disparate da vida:
Uma história mal par'cida
Com desfecho hardcore.
* Maria João Pires – piano
Carlos do Carmo – voz
Gravado nos Estúdios Namouche, Lisboa, em Maio, Julho e Outubro de 2012
Engenheiro de gravação – Joaquim Monte
Misturado e masterizado por Alfredo Almeida e Carlos Vales, no Bebop Studio
Capa do livro/CD "À Noite", de Carlos do Carmo (Universal Music Portugal/Tugaland, 2007)
Reprodução de um retrato do cantor pintado por Júlio Pomar, em 2007 (acrílico e carvão sobre tela).
Fotografia por Joaquim Justo.
Júlio Pomar, "Gadanheiro", 1945, óleo sobre cartão, 122 x 83 cm, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa (comprado ao galerista Manuel de Brito, em 1995)
Júlio Pomar, "Resistência", 1946, óleo sobre aglomerado, 32,5 x 73 cm, Atelier-Museu Júlio Pomar (acervo do Museu de Lisboa, ex-Museu da Cidade)
Júlio Pomar, "O Almoço do Trolha", 1946-50, óleo sobre aglomerado, 120 x 150 cm, Col. Manuel de Brito
Júlio Pomar, "O Almoço do Trolha" (ou "A Refeição do Menino"), 1951, litografia, 50 x 65 cm (papel), Centro de Arte Moderna Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Júlio Pomar, "Subúrbio I", 1948, óleo sobre tela, 60 x 135 cm, Col. Manuel de Brito
Júlio Pomar, "Mulheres na Praia", 1950, óleo sobre tela, 93,5 x 122,5 cm, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Júlio Pomar, "Meninos no Jardim", 1951, óleo sobre tela, 90 x 90 cm, Col. Jorge de Brito
Júlio Pomar, "Vendedeiras de Moinhos" (posteriormente "Vendedeiras de Estrelas"), 1951, óleo sobre tela, 90 x 90 cm, Col. Jorge de Brito
Júlio Pomar, "Mulheres na Lota", 1951, óleo sobre aglomerado, 74 x 121 cm, Atelier-Museu Júlio Pomar, Lisboa
Júlio Pomar, "Mulheres na Lota", 1952, linogravura, 27 x 36 cm (mancha), 40 x 52,5 cm (papel), Museu Dr. Joaquim Manso, Nazaré
Júlio Pomar, "Mulher da Ribeira", 1953, xilogravura, 27,4 x 22,2 cm (mancha), 42,8 x 30,5 cm (papel)
Júlio Pomar, "Ciclo do Arroz II", 1954, xilogravura, 52 x 36 cm (papel)
Júlio Pomar, "Praia", 1953, tapeçaria (tecelagem manual), 117 x 204 cm, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Júlio Pomar, "Ruínas do Carmo", 1956, óleo sobre tela, 65 x 50 cm, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Júlio Pomar, "Varina Comendo Melancia", 1957, serigrafia, 60,5 x 60,5 cm (mancha), 87,5 x 69,5 cm (total), Museu de Lisboa (ex-Museu da Cidade)
Júlio Pomar, "Maria da Fonte", 1957, óleo sobre aglomerado, 121 x 180 cm
Júlio Pomar, "Cegos de Madrid", 1957-1959, óleo sobre tela, 81,5 x 101,3 cm, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Júlio Pomar, "D. Quixote", 1959, água-tinta a duas cores, impressão mista, 39 x 25 cm, Centro de Arte Moderna Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Júlio Pomar, "D. Quixote", 1959, água-tinta a duas cores, impressão mista, 33,5 x 24 cm, Centro de Arte Moderna Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Júlio Pomar, "Tauromaquia V", 1960, óleo sobre tela, 100 x 81 cm
Júlio Pomar, "Le Bain Turc, d'aprés Ingres" ("O Banho Turco"), 1971, acrílico sobre tela, 161 x 130 cm, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Júlio Pomar, "La Couleur", 1976, serigrafia, 75 x 109,5 cm (papel)
Júlio Pomar, "Le Signe", 1978, colagem e pintura acrílica sobre tela com objecto de loiça incorporado, 74 x 117 cm, Col. Manuel de Brito
Júlio Pomar, "Le Cadre", 1979, colagem e pintura acrílica sobre tela com moldura incorporada, 73 x 116 cm
Júlio Pomar, "Triplo Retrato de Fernando Pessoa", 1982, acrílico sobre tela, 81 x 116 cm, Col. Manuel de Brito
Júlio Pomar, "Edgar Poe, Fernando Pessoa e o Corvo", 1985, acrílico sobre tela, 195 x 130 cm, Col. Particular
Júlio Pomar, "Retrato de Fernando Pessoa", 1985, acrílico sobre tela, 130 x 81 cm, Casa Fernando Pessoa, Lisboa (acervo do Museu de Lisboa, ex-Museu da Cidade)
Júlio Pomar, "Lusitânia no Bairro Latino (Retratos de Mário de Sá-Carneiro, Santa Rita Pintor e Amadeo de Souza-Cardoso)", 1985, acrílico sobre tela, 158,5 x 154 cm, Centro de Arte Moderna Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Júlio Pomar, "Fernando Pessoa", 1988, serigrafia, 148 x 65,8 cm (papel), Casa Fernando Pessoa, Lisboa (acervo do Museu de Lisboa, ex-Museu da Cidade)
Documentário "Júlio Pomar: Sabedoria do Ver e do Fazer", transmitido pela RTP-1, a 27 de Dezembro de 1983. >> RTP Arquivos]
Texto: João Rocha de Sousa
Fotografia: Azevedo Ferreira
Locução: Eládio Clímaco
Produção: Fernando Ávila
Realização: José Elyseu.
Entrevista de Júlio Pomar concedida a Ana Sousa Dias, para o programa "Por Outro Lado", transmitida pela RTP-2, a 23 de Julho de 2001. >> RTP-Arquivos]
Produção: Alice Milheiro
Realização: Rui Nunes.
Entrevista de Júlio Pomar concedida a Raquel Santos, para o programa "Entre Nós", transmitida pela RTP-Internacional, a 21 e 22 de Fevereiro de 2005. [Parte I >> RTP-Arquivos] [Parte II >> RTP-Arquivos]
Produção: Universidade Aberta
Realização: José Mexia.
Documentário "Júlio Pomar - O Risco", transmitido pela RTP-2, a 24 de Fevereiro de 2006. >> RTP-Arquivos]
Pré-guião: Jorge Nunes
Guião: Anabela Almeida
Vozes-off: Augusto Seabra e Paulo Rocha
Direcção de produção: Alice Milheiro
Produção delegada: Maria João Rolão Preto
Direcção geral (Panavídeo): Telma Teixeira da Silva
Produção: Rita Gaspar, Maria de Jesus Carvalho e Maria José Dias / Panavídeo (2005)
Realização: António José de Almeida.
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2 comentários:
Arte e Poesia de mãos dadas. Magnífico.
...Mas algum dia a Arte e a Poesia foram bem tratados? Nem o pós-morte acorda as pessoas que parecem minimizar tudo.
Abraço
Santos Oliveira
Soubesse eu pintar a Poesia,
Ter estes Dons da Arte abarcar,
Eu poderia imaginar Pomar
Toando estrofes com alegoria.
Abraço
SOL da Esteva
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