04 outubro 2006

"Os Sons Férteis": arquivo 'online' e 'podcasting'

Exmo. Senhor Provedor do Ouvinte,

Queria chamar a atenção para o facto dos audiogramas da rubrica "Os Sons Férteis" não estarem a merecer a devida e merecida atenção de quem de direito no que respeita a actualizações no arquivo online. Durante as últimas semanas de Agosto e as primeiras de Setembro nem sequer houve colocações 'online', ao contrário do que acontecia com as rubricas da Antena 1, o que me leva a supor que o sucedido se deve a descoordenação entre a direcção de programas da RDP e o administrador do site ou, pura e simplesmente, negligência ou má vontade do dito responsável para com a rubrica de Paulo Rato. Por exemplo, só hoje, quarta-feira, é que foram colocados os audiogramas da semana passada. Gostava de lembrar que se há espaço na Antena 2 que se pode considerar com toda a propriedade serviço público, "Os Sons Férteis" é, com toda a certeza, um deles. Por isso, não compreendo nem posso aceitar o que se está a passar. O apontamento de Paulo Rato é das melhores coisas que a rádio nos proporciona, e que sabe bem ouvir quando nos apetece saborear um bom naco de poesia temperada com música. Ora acontece que quem não pode ouvir a rubrica em directo, na única vez que passa na rádio (às 11 horas da manhã), ou gostava de a voltar a ouvir, fica impossibilitado de o fazer. Tratando-se de um apontamento de palavra, fazia todo o sentido que os ficheiros áudio fossem facultados em podcasting (além da possibilidade de download avulso).
E também seria de relevante interesse que o arquivo online passasse a contemplar todo o histórico do programa. A poesia não se desactualiza com a passar do tempo, pelo que constitui uma falha no serviço público os audiogramas de "Os Sons Férteis" apenas estarem disponíveis durante uma semana (quando estão!) e serem rapidamente sepultados nesse autêntico cemitério que é o arquivo histórico da RDP, sem que ninguém deles possa tirar proveito. Seria também muito interessante que nesse arquivo online completo de "Os Sons Férteis" houvesse à frente de cada audiograma um link para o respectivo poema sob a forma escrita, de modo a que o ouvinte pudesse acompanhar a audição com a leitura. Aliás, já houve uma experiência desse género, no antigo site da RDP, com a rubrica "Canções" que foi muito apreciada. Porque não reeditá-la com o excelente apontamento de poesia e música de Paulo Rato?
Por último, e a exemplo do que se passa com as rubricas da Antena 1, por que razão a rubrica "Os Sons Férteis" não é repetida à tarde e à noite?
Com os mais respeitosos cumprimentos,

Álvaro José Ferreira

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