«Chega hoje ao fim o primeiro grande dossier publicamente aberto pelo Provedor do Ouvinte acerca das ESCOLHAS MUSICAIS da principal Estação do Serviço Público de Radiodifusão, em face de generalizadas críticas dos Ouvintes que, a este respeito, nos chegam.
Ao longo dos derradeiros seis Programas dei a conhecer o essencial das reclamações dos Ouvintes, divulguei a completa defesa escrita do Senhor Director de Programas à minha Indagação, pedi os pareceres de Peritos [Nuno Galopim, Pedro Pyrrait, David Ferreira, Alain Vachier] e Músicos [Pedro Osório, Manuel Freire, Vitorino Salomé], ouvi o testemunho de um Pensador e Professor Universitário [Eduardo Prado Coelho] e, por intermédio dos Provedores das Rádios Públicas do Brasil e de Espanha, conhecemos as estratégias seguidas pelos Profissionais dos Serviços Públicos naqueles países.
Hoje o Provedor apresenta as suas próprias reflexões sobre a matéria.
As mensagens que se relacionam com o tema das ESCOLHAS MUSICAIS representam mais de 11% de todas as que o Provedor recebeu nos últimos 102 dias e constituem mais do que um terço das que se referem expressamente à Programação da Antena 1.
A questão das escolhas musicais propostas pela principal Estação de Rádio do Serviço Público nos espaços entre Programas, não é um assunto que possa ser menorizado.
E os Ouvintes queixam-se quanto ao uso do sistema da Play List; quanto a critérios alegadamente redutores e excludentes que a Estação estará a utilizar no estabelecimento dessa Lista de Difusão; quanto à reduzida quantidade de Música de Autores portugueses; e quanto a uma invocada predominância de Música anglo-americana.
O Provedor vai analisar primeiro o uso do dispositivo da Lista.
Até agora a Direcção de Programas da Antena 1 não dispunha de nenhum estudo sobre as percentagens realmente ocupadas pelas diferentes naturezas de conteúdos da sua Programação.
Ou seja, não se conhece de modo seguro, qual é exactamente o grau de relevância atingido pelo conjunto das Canções da 'playlist' da Estação, no contexto global da Programação da Antena 1.
Na verdade, é completamente diferente programar 13 ou 14 Canções para um espaço de uma hora e depois verificar que, dependendo dos tempos ocupados com Noticiário, pequenos Programas e Continuidade (horas, trânsito, meteorologia, jogos de antena, promoções e anúncios de discos, etc.), apenas se emitem 6, 7 ou 8 das Canções previstas.
Era pois importante avaliar qual é realmente, do ponto de vista do Programador, o papel desempenhado pela Lista de Difusão, através da análise do peso percentual das Canções, relativamente aos restantes conteúdos da Antena 1. E, para a completa observação da matéria em causa, esta não é, seguramente, uma questão de somenos.
Também por isso solicitei recentemente ao Senhor Director de Programas que procedesse a um cuidadoso levantamento destes tempos de emissão.
Uma coisa seria estarmos a falar de um tempo residual (com meia dúzia de minutos por hora) no qual Canções dispersas constituem meros elementos de acerto horário entre as nuvens de pequenas unidades de Programação; e outra coisa será olhar para a Música como uma matéria de natureza intrinsecamente cultural, ocupando possivelmente, pelo menos 40% do tempo de transmissão de uma Emissora Pública.
Julgo consensual que, para respeitar e servir o gosto dos Públicos, a escolha das Canções que são apresentadas na Rádio Pública deva reflectir equilibradamente, todas as tendências de gosto, todos os períodos, todas as paisagens, todas as intensidades e perfumes, enfim, se possível todos os modelos musicais de que se compõe o vasto mosaico virtual do imaginário dos Ouvintes, no que respeita à Música.
Pensam os Ouvintes que me escrevem que – além das Canções que entram na Lista – a própria selecção de Autores e Intérpretes não possa ser negligenciada, neste processo, como parecia defender no seu texto o Senhor Director de Programas.
A Música que uma Rádio passa – o exercício dos Autores e Cantores consagrados e dos novos Intérpretes – define o espírito com que ou a Estação se entrega universalmente, ou se preserva, em modelos próprios.
Pode reflectir como um espelho, todo o País que a ouve. Como pode permanecer alheia às volições de quem a escuta.
É sobre isso que alguns Ouvintes da Rádio de Serviço Público questionam o seu Provedor.
Acerca da matéria, pedi opinião a gente também muito qualificada.
A maioria dos Especialistas que ouvimos não recusa a utilização do dispositivo da Play List como ferramenta adequada, reconhecendo nele as virtualidades da racionalização de custos e da coerência que pode introduzir como elemento identitário da Estação e da Audiência.
E sem qualquer dúvida, essa é também a minha opinião: a Lista de Difusão previamente estabelecida é – no Séc. XXI – um modelo apropriado para ajudar a definir a identidade musical de uma Estação de Rádio.
Mas, nas abalizadas opiniões que recolhi, houve quem defendesse também o dispositivo complementar dos Programas de Autor, nos quais, segundo áreas de especialidade bem definidas, cabe ao Realizador assumir as suas próprias escolhas musicais, com modelos de apresentação personalizados, contextualizando informação adequada em torno da Música.
É verdade que Direcção de Programas da Antena 1 também está a usar este procedimento.
Usá-lo-á porventura, de modo demasiadamente mitigado, na forma e nos conteúdos. E talvez numa proporção reduzida, em relação à prevalência imperial da Lista de Difusão, previamente determinada por um órgão central de decisão. Mas, sem conhecer os dados quantitativos que estão a ser levantados nesta altura, não quero desenvolver este raciocínio.
O que, sim, me cumpre acentuar é que, tanto nas reclamações dos Ouvintes, como na apreciação dos Expertos, se detecta algum desconforto relativamente à linearidade, digamos assim, com que a Música é tratada no sistema da Lista Difusão.
Fora dos raros e breves Programas nos quais determinados géneros musicais são "autonomizados" e tratados com alguns cuidados, com o dispositivo da Play List é muito raro encontrar, nas 24 horas de emissão da Antena 1, algum texto de enquadramento acerca das condições de criação e de produção das Canções, que ajude desvendar aos Ouvintes as novas tendências ou os velhos standards.
A uma canção de um estilo, sucede outra de género diferente, a que se justapõe outra, de outra época e uma outra ainda que nada tem a ver com a anterior.
E uma Lista, é, afinal, não mais do que uma enfiada pouco coerente de Canções não contextualizadas e muitas vezes contraditórias, até. Onde, por exemplo, espantosamente se juntam For Me Formidable de Aznavour, com Para Sempre dos Xutos, e Father & Son dos Boyzone...
Prevalece o sentido do mix, do mosaico... Perde-se a unidade e esvai-se, afinal, a identidade pretendida.
Estes são alguns dos riscos do uso de uma Lista de Difusão, aos quais é sensato contrapor a economia de escala, a economia de processos e a economia do custo por minuto de emissão que o dispositivo assegura.
Não admira assim que possa ser interpretada como redutora a utilização que a Estação Pública está a fazer da Música que apresenta, com o método dominante da Play List.
Manifestação de Cultura viva, os Especialistas consideram que a Música deve ser entendida numa Rádio nacional como um corpo maleável e expressivo que religa, mais do que justapõe, as significativas manifestações do presente aos perduráveis actos da memória.
Um agregado construído sem complexos, correspondendo menos, aos sinais das modas e, menos ainda, à imagem dos Músicos da moda.
Depois de ouvir esses testemunhos concluo ainda que a Música mais adequada para uma Rádio nacional, será prioritariamente toda a Música desse país e não apenas primordialmente, a sua Música mais recente ou, sequer apenas, a sua Música mais tradicional.
A Música que uma Rádio Pública transmite constitui uma matéria heterogénea.
Mas a sua essência plástica será de tal maneira forte e significativa que, se for entendida no seu conjunto, só pode assumir a carga simbólica de "reflectir, como um espelho, o País que a ouve".
A verdade é que é possível (como em Espanha) realizar uma emissão de Rádio Publica e generalista, dispensando-se o uso da Play List e não determinando sequer, quotas de Música nacional ou estrangeira. Lá, os Ouvintes não se queixam.
Da mesma forma que, como no Brasil, se recorre ao dispositivo de uma Lista Musical pré-estabelecida por 5 Especialistas, com a esmagadora e descomplexada utilização de Música nacional. E também lá, os Ouvintes não
reclamam, nem consideram a exclusividade brasileira, como um posicionamento chauvinista da Rádio.
E para intervir quanto à questão (levantada pelo Ouvinte Álvaro José Ferreira) de nomes alegadamente banidos, sinceramente, creio não haver qualquer pré-disposição da Estação nesse sentido. E muito menos, desde que aqui comecei a tratar desta matéria, "Em Nome do Ouvinte"...
O que haverá talvez, é uma certa ligeireza, no modo de escolher adequadamente o material esteticamente relevante. Critérios de arquitectura da Lista, ficou para mim claro que existem. Mas preencher as diversas áreas consagradas na Grelha arquitectural da Lista de Difusão, é um verdadeiro exercício de minúcia que exige muita sensatez, capacidade intelectual, vasta preparação cultural, específica e genérica, além de um sentido estético muitíssimo apurado.
Não será – seguramente – uma tarefa de um homem só, nem mesmo é – certamente – um desafio simples para quatro excelentes Profissionais a meio tempo.
A terceira e mais generalizada questão trazida pelos Ouvintes refere-se à alegada rarefacção de Música Portuguesa nas emissões da Antena 1.
Quanto a este assunto duas teses.
Podemos considerar que a Antena 1 deva apresentar Músicas de todas as origens, ou (ligando-se com a quarta questão levantada por muitos Ouvintes, que reclamam do excesso de Música anglófona), no limite, consideramos que a Antena 1 apenas deva apresentar Música Portuguesa.
No primeiro contexto, que é a prática actual, com 60% da Música que a Estação transmite, constituídos por "novidades, sucessos quentes e recentes ou memórias" de Música "produzida por Músicos portugueses ou residentes em Portugal", julgo que não haverá razão de queixa.
O limite mínimo de 25% estabelecido na Lei está largamente ultrapassado e nenhuma outra Estação de dimensão nacional – com dispositivos muito idênticos – dedica tanto tempo aos Autores e Intérpretes portugueses.
Mas vejamos o que se pode aduzir quanto à 2ª tese:
Ponto 1: A Antena 1 é apenas a primeira de diversas Estações nacionais do Serviço Público de Rádio, com a missão de se dirigir às mais vastas camadas da população portuguesa, nos seus diversos estratos culturais;
Ponto 2: As outras Estações de dimensão nacional, de natureza privada e comercial, acentuam cada vez mais o carácter de "mix de géneros" praticado na Play List da Antena 1. Sobrepõem-se as estéticas propostas, confundem-se as estratégias, repartem-se os Públicos indecisos e dificilmente se distingue o auditório da Rádio Pública;
Ponto 3: para além da Antena 2, a RDP dispõe ainda de uma terceira Estação – a Antena 3 – com Programação destinada aos Públicos mais jovens e com grau de literacia mais apetente para o consumo intensivo das Músicas modernas, dominadas pelos padrões de expressão em língua inglesa;
Ponto 4: no plano musical, a Antena 1 tem historicamente promovido a divulgação de paisagens musicais de diversas origens, também através de Produções específicas, nas quais podem ser devidamente contextualizadas as expressões musicais estrangeiras, com recurso aos chamados Programas de Autor destinados a Públicos dedicados.
A não ser por razões de natureza económica, nada obstaria a que se pudesse acentuar na Estação Pública esta complementaridade em Programas fechados. No plano da Continuidade de emissão, razões de coerência estética recomendá-lo-iam; e razões de unidade conceptual justificá-lo-iam, ao nível das grandes unidades de Programação.
Ponto 5: Deste modo, poderia expandir-se a disponibilidade de entradas na Lista de Difusão, senão para a Programação exclusiva de Música Portuguesa, pelo menos para a Programação exclusiva de Música em Língua Portuguesa.
O caso brasileiro que foi aqui apresentado é absolutamente paradigmático: ao gostarem de ouvir a sua formidável Música popular em exclusivo, os Ouvintes da Rádio Nacional de Brasília não se consideram extremistas ou chauvinistas – celebram apenas a vitalidade criativa dos seus Autores e dos seus Músicos, beneficiando dela na sua Rádio Pública.
Em conclusão:
Considero que, caso decidisse assumir a exclusividade da Música Portuguesa no quadro da sua Play List – criando complementarmente, alguns sólidos formatos de Autor dedicados a outras Músicas – a Antena 1 asseguraria, no campo musical, um modelo original, eficaz e identitário, mais consensual junto dos seus Públicos e completamente diferenciado no contexto das Estações nacionais de Rádio, como Rádio portuguesa e sobretudo, como Rádio de Serviço Público.» (José Nuno Martins, in "Em Nome do Ouvinte", 11-11-2006)
Concordo genericamente com as ideias expressas pelo Provedor do Ouvinte, José Nuno Martins, mas gostaria de comentar dois ou três pontos abordados. Antes de mais, a coerência de oferta musical, que é um dos argumentos (para além da economia de custos) para o uso de 'playlists', é coisa que não existe na Antena 1. Veja-se a sequência: Jorge Palma – Robin Williams – Chico Buarque – Santos e Pecadores – Rodrigo Leão – Ricky Martin – Rio Grande – Céline Dion – Sérgio Godinho – George Michael – Dulce Pontes – Xutos e Pontapés – Adriana Calcanhotto – Lenny Kravitz. Sem pôr em causa a qualidade de alguns destes nomes, onde está a coerência estética e a unidade conceptual num alinhamento desta natureza? Pois é! É que na 'playlist' da Antena 1 este tipo de sequências é a regra e não a excepção. Nessa medida, concordo totalmente com a ideia exposta pelo Provedor do Ouvinte para uma 'playlist' exclusivamente portuguesa (ou em língua portuguesa) pois atenuaria de forma significativa as aberrantes disparidades estéticas no encadeamento de canções e daria uma maior harmonia aos alinhamentos. Não obstante, há três requisitos que se deve ter em conta na adopção desse modelo para não suceder que o André Sardet e o Paulo Gonzo, por exemplo, em vez de aparecerem duas vezes por dia passem a aparecer quatro vezes ou mais. Primeiro ponto: integração na 'playlist' de todos os intérpretes portugueses de qualidade reconhecida (e de todos os géneros, com ênfase nas obras esteticamente mais relevantes), havendo a preocupação de os ordenar por afinidades estilísticas, e sem esquecer a renovação periódica dos respectivos temas. Segundo ponto: tratamento mais equilibrado dos diferentes artistas, evitando o favorecimento de uns e a marginalização de outros. Terceiro ponto: abolição da 'playlist' aos fins-de-semana (com excepção da madrugada) e também no intervalo 19-24 horas (de segunda a sexta-feira), períodos que devem ser preenchidos com programas de autor e com espaços musicais temáticos reservados aos géneros não contemplados (ou deficientemente representados) na 'playlist', tais como as músicas latinas (não lusófonas) e mesmo a música de outras espaços culturais e linguísticos, nem que nesse caso se tivesse de privilegiar a música instrumental.
Embora José Nuno Martins não queira admitir, eu continuo a pensar que há exclusão/marginalização deliberada e ostensiva de alguns nomes de referência da música portuguesa (não acredito que um Adriano Correia de Oliveira, uma Amélia Muge, um Manuel Freire, um Pedro Barroso, um Janita Salomé, um Luiz Goes ou um Rão Kyao estejam fora da 'playlist' por esquecimento fortuito e involuntário). Aliás, tanto o director de programas, Rui Pêgo, como o editor da 'playlist', Rui Santos, têm conhecimento da lista de banidos/excluídos há mais de um ano (fui eu que tive o cuidado de a enviar a cada um deles) e, como nada fizeram, é legítimo que se infira da existência de um propósito pré-definido nesse sentido. Acresce ainda que foi o próprio Rui Pêgo que assumiu a exclusão do fado e da música tradicional da 'playlist', coisa para mim completamente absurda e bizarra na rádio estatal portuguesa por se tratar precisamente dos géneros musicais mais idiossincraticamente nacionais. Será que a rádio pública espanhola não passa flamenco e coplas? A rádio cabo-verdiana não passa morna e funaná? A rádio angolana não passa quizomba? A rádio brasileira não passa samba e choro? A rádio argentina não passa tango e música gaúcha? A rádio cubana não passa rumba e mambo? E a National Public Radio, dos Estados Unidos da América, também não passa música country e blues? Em suma: se não for a rádio pública portuguesa a passar a música de que melhor define a nossa identidade quem é que o vai fazer? Jamais poderei aceitar que uma cantora como Amália Rodrigues não tenha lugar na emissão de continuidade da Antena 1 e, ao invés, se prefira passar alguns dos seus temas cantados por outros (Dulce Pontes, Adriana Calcanhotto, etc.) em versões que nem se comparam às originais. Além disso, Amália Rodrigues não tem apenas fado no seu vastíssimo repertório, pelo que é ainda mais inconcebível a sua exclusão da 'playlist'. Em contraponto ao "esquecimento" de Amália (e de outras figuras de referência), regista-se um favorecimento descarado de uma plêiade de nomes mais mainstream, não só quanto a padrões de repetição como também no número de canções presentes na 'playlist'. Exemplos: André Sardet, Paulo Gonzo, GNR, Mesa, Clã, Pedro Abrunhosa, Delfins, Pólo Norte, Xutos e Pontapés, Heróis do Mar, António Variações, Humanos, Luís Represas, Paulo de Carvalho, Sérgio Godinho, Rui Veloso, Jorge Palma. Deste modo, e com o prejuízo de tantos outros artistas (e dos ouvintes que gostariam de os ouvir), se cumpre na Antena 1 a taxa de difusão de música portuguesa (alegadamente 60%) mesmo que, em boa verdade, tal não signifique uma cabal e razoável representação do universo de música de qualidade produzida em Portugal. Dado que, segundo Rui Pêgo, o que conta são as canções e não os intérpretes, torna-se fácil elaborar uma 'playlist' tendo como base o repertório de duas dezenas de favoritos, e sem que se vislumbre um critério claro e plausível para tais preferências. Então, se um cantor/grupo mediano passar duas ou três vezes por dia e outro de qualidade superior não passar nenhuma, isso não é motivo de preocupação para a direcção da Antena 1? Pode não ser para Rui Pêgo (que talvez nem ouça habitualmente a Antena 1) mas é sobejamente para mim e creio que também para muitos outros ouvintes. E cumpre-me dizer que, além de preocupante, será sempre inaceitável – insisto – que na rádio estatal portuguesa, a nossa música mais autêntica (passada e actual) não tenha uma presença digna na grelha e seja enfiada em guetos de cinco minutos de duração diária. Sem prejuízo da necessária reformulação da 'playlist', não me calarei enquanto não existir, pelo menos, um programa de autor reservado ao fado e à música popular portuguesa (tradicional e de autor), tal como acontece para o pop/rock dos anos 60, 70 e 80 (em "Ondas Luisianas").
14 novembro 2006
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