
Clara Pinto Correia, em Janeiro de 1995
© Pedro Cunha/"Público" (in https://www.publico.pt/)
Aquela ditadura antiga, a que veio abaixo ao som da terra da fraternidade, poderá ter mergulhado para o fundo do subconsciente colectivo por forma a deixar de estar à vista, mas na realidade nunca chegou a desaparecer completamente. E, entretanto, na sua face visível, foi substituída por outra ditadura diferente, que nós ainda entendemos mal, e que não se faz anunciar por hino absolutamente nenhum.
CLARA PINTO CORREIA
(in "Trinta Anos de Democracia: E Depois, Pronto",
Lisboa: Relógio d'Água Editores, 2004 – p. 12)
«Escritora, bióloga e professora universitária, Clara Pinto Correia destacou-se em diferentes frentes. Foi tradutora, jornalista no extinto semanário O Jornal, cronista do Diário de Notícias e da Visão, e até se estreou como actriz, com António da Cunha Telles, em Kiss Me (2004). Foi também responsável científica do Jornal de Letras, Artes e Ideias, de 1983 a 1986, tendo trabalhado frequentemente em rádio e televisão. Deixou mais de cinco dezenas de títulos publicados, entre os quais se destaca o romance Adeus, Princesa [1985], publicado quando tinha apenas 25 anos e que viria a ser adaptado ao pequeno e grande ecrã [pelo realizador Jorge Paixão da Costa].
Na ficção, escreveu também Ponto Pé de Flor [1990] e Mais que Perfeito [1997]. Na literatura infantil, assinou Quem Tem Medo Compra um Cão [1991], A Minha Alma Está Parva [1992] e A Ilha dos Pássaros Doidos [1994]. Escreveu ainda, no campo da divulgação científica, O Essencial sobre os "Bebés-Proveta" [1986], Histórias Naturais [1988], Clonai e Multiplicai-vos: Verdades e Mentiras [1997] e O Ovário de Eva [1998].
Nascida em 1960, licenciou-se em Biologia pela Universidade de Lisboa e doutorou-se, em 1992, em Biologia Celular pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Prosseguiu uma carreira universitária e de investigação no domínio da Embriologia no Instituto Gulbenkian de Ciência e também nos Estados Unidos, onde trabalhou até 1994 em clonagem de mamíferos na Universidade de Massachusetts. De 1994 até 1996 esteve na Universidade de Harvard, no Departamento de História das Ciências.
[...]»
Leonor Alhinho e Sofia Neves, 9 Dez. 2025
(in https://www.publico.pt/)

Capa do livro "O Essencial sobre os 'Bebés-Proveta'", de Clara Pinto Correia (Col. Essencial, Vol. 12, Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1986)

Capa do livro "Histórias Naturais", de Clara Pinto Correia (Col. Várias Seduções, Lisboa: Edições 'O Jornal', 1988)
Ilustrações – João Carlos Farinha

Sobrecapa do livro "Portugal Animal", de Clara Pinto Correia (texto) e António José Cidadão (fotografia) (Lisboa: Círculo de Leitores / Publicações Dom Quixote, Abr. 1991)
Projecto gráfico – José Teófilo Duarte

Capa do livro "Clonai e Multiplicai-vos: Verdades & Mentiras ", de Clara Pinto Correia (Lisboa: Texto Editora, Abr. 1997)

Capa do livro "O Ovário de Eva: ovo e esperma e preformação", de Clara Pinto Correia; pref. Stephen Jay Gould; trad. Miguel D'Abreu (Col. Ciência, Lisboa: Relógio d'Água Editores, Mar. 1998)
Reprodução parcial invertida do quadro, de Piero di Cosimo, "Vénus, Marte e Cupido", c.1505, óleo sobre painel de madeira, 72 cm x 182 cm, Staatliche Museen zu Berlin / Gemäldegalerie, Berlim [imagem integral >> aqui]

Capa do livro "Clones Humanos: A nossa autobiografia colectiva", de Clara Pinto Correia; trad. Margarida Vale de Gato (Col. Ciência, Lisboa: Relógio d'Água Editores, Abr. 1999)
Reprodução parcial da obra, de William Blake, "Newton", c.1795, gravura em cobre com caneta, tinta e aguarela, 46 x 60 cm, Tate Gallery, Londres [imagem integral >> aqui]

Capa do livro "O Mistério dos Mistérios: uma história breve das teorias de reprodução animal", de Clara Pinto Correia (Col. Ciência, Lisboa: Relógio d'Água Editores, Abr. 1999)

Capa do livro "Dodologia: um voo planado sobre a modernidade", de Clara Pinto Correia; pref. Jorge Calado (Col. Ciência, Lisboa: Relógio d'Água Editores, Abr. 2001)

Capa do livro "Assim na Terra Como no Céu: Ciência, Religião e estruturação do pensamento ocidental", de Clara Pinto Correia e José Pedro Sousa Dias (Col. Ciência, Lisboa: Relógio d'Água Editores, Abr. 2003)

Capa do livro "O Testículo Esquerdo: Alguns aspectos da demonização do feminino", de Clara Pinto Correia (Col. Mosaicos da Ciência, Lisboa: Relógio d'Água Editores, Nov. 2004)

Capa do livro "A Maravilhosa Aventura da Vida: uma lição de biologia do desenvolvimento em que se percebe tudo", de Clara Pinto Correia (Col. Aventura da Ciência, Vol. 2, Barcarena: Editorial Presença, Mai. 2009)

Capa do livro "Canções das Crianças Mortas", de Clara Pinto Correia (poemas) e José Afonso Furtado (fotografias) (Lisboa: Relógio d'Água Editores, Abr. 1989)

Capa do livro "Canções Que Já Não Existem", de Clara Pinto Correia (poemas) e José Pedro Sousa Dias (fotografias) (Col. Trabalhos do Olhar, Vila Nova de Famalicão: Edições Quasi, Jun. 2005)

Capa do livro "Trinta Anos de Democracia: E Depois, Pronto", de Clara Pinto Correia (Col. Argumentos, Lisboa: Relógio d'Água Editores, Abr. 2004)
Reprodução de pormenor da parte superior do painel esquerdo do tríptico, de Jheronimus Bosch, "As Tentações de Santo Antão", 1505-1506, óleo sobre madeira, Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa [imagem integral >> aqui]

Capa do livro (romance) "A Primeira Luz da Madrugada", de Clara Pinto Correia (Cruz Quebrada: Oficina do Livro, Out. 2006)
Concepção – António Belchior, com imagens © Photonica / Getty Images / Imageone
Fotografia – José Pedro Sousa Dias
Luís Caetano, nos vários espaços que vem mantendo na Antena 2 – "A Força das Coisas", "A Ronda da Noite", "A Vida Breve" e "Última Edição" – teve o ensejo de honrar ampla e mui dignamente a memória de Clara Pinto Correia, recuperando entrevistas que a autora lhe concedeu, por ocasião do lançamento de livros seus, mais o registo da palestra que ela proferiu no dia 22 de Fevereiro passado n' As Correntes d'Escritas, e ainda leituras que a escritora fez a 28 de Abril de 1995, na Biblioteca do Congresso dos E.U.A.. Uma nota de grande louvor para Luís Caetano pelo elevado profissionalismo e assinável zelo que uma vez mais demonstrou no seu trabalho ao serviço dos ouvintes e em prol da Cultura! Juntamos, abaixo, os links de acesso directo à plataforma RTP-Play para cada uma dessas edições e ainda os relativos a outros programas da rádio e da televisão públicas disponíveis em RTP-Arquivos nos quais Clara Pinto Correia foi a convidada de honra.
Quanto à Antena 1, não sabemos se acaso foi feito algo em homenagem a Clara Pinto Correia, quanto mais não fosse a reposição da edição da conversa com João Gobern a uma "Mesa para Dois", posta (no ar) à hora de jantar do dia 19 de Novembro de 2024. Nada lográmos apanhar, mas como as nossas incursões à emissão foram esparsas, não podemos afiançar que se verificou a mesma negligência e inércia aquando do desaparecimento de outras figuras notáveis da Cultura Portuguesa. Dando o benefício da dúvida em contrário, importa concretizar uma iniciativa de cariz menos fugaz. Tratando-se do canal da rádio estatal que tem particulares obrigações no que concerne à divulgação da melhor música portuguesa (não erudita) e havendo canções gravadas com letras de Clara Pinto Correia, por Anabela e por Rui Veloso (pelo menos), é da mais elementar justiça à memória da malograda autora que algumas entrem na 'playlist' e lá permaneçam durante uns tempos. Aqui deixamos três delas, com as quais rematamos esta singela homenagem a Clara Pinto Correia. Da primeira, intitulada "Avenidas", os versos do refrão («O rio vai voltar a encher / De novo vai entrar pela aldeia / Mas eu não estarei cá para ver / O regresso certo da cheia») não podiam ser mais actuais nestes dias de chuva copiosa que são já de saudade da brilhante cientista e historiadora de ciência, prolífica escritora e cidadã lúcida que muito amava o seu país e se inquietava com o caminho de progressiva degradação cívica, cultural e moral que ele levava e que só por milagre não conduziria à problemática situação presente...
A RONDA DA NOITE | 9 Dez. 2025 [>> RTP-Play]
Clara Pinto Correia lendo o seu poema "Absoluto" e outros textos, e falando de si na Biblioteca do Congresso dos E.U.A. a 28 de Abril de 1995 [áudio integral >> Library of Congress] + Entrevista concedida por Clara Pinto Correia a Luís Caetano, em 2005, a propósito do livro "Trinta Anos de Democracia: E Depois, Pronto" (Relógio d'Água Editores, 2004).
A VIDA BREVE | 10 Dez. 2025 [>> RTP-Play]
Clara Pinto Correia lendo, na Biblioteca do Congresso dos E.U.A. a 28 de Abril de 1995, o seu poema "Absoluto", publicado no livro "Canções das Crianças Mortas" (Relógio d'Água Editores, 1989).
ÚLTIMA EDIÇÃO | 10 Dez. 2025 [>> RTP-Play]
Clara Pinto Correia entrevistada por Luís Caetano, em 2009, por ocasião do lançamento do livro "A Maravilhosa Aventura da Vida: uma lição de biologia do desenvolvimento em que se percebe tudo" (Editorial Presença, 2009).
ÚLTIMA EDIÇÃO | 11 Dez. 2025 [>> RTP-Play]
Clara Pinto Correia entrevistada por Luís Caetano, em 2006, por ocasião do lançamento do romance "A Primeira Luz da Madrugada" (Oficina do Livro, 2006).
A FORÇA DAS COISAS | 13 Dez. 2025 [>> RTP-Play]
Clara Pinto Correia lendo o seu poema "Absoluto" e outros textos na Biblioteca do Congresso dos E.U.A. a 28 de Abril de 1995 (excerto) [áudio integral >> Library of Congress] + Clara Pinto Correia palestrando n' As Correntes d'Escritas, a 22 de Fevereiro de 2025, tendo como mote o quadro "Guerra" ("War", 2003), de Paula Rego [>> imagem] + Clara Pinto Correia falando das suas predilecções culturais no programa "A Ilha de Orpheu", de João Paes (Fev. 1994) (excerto) [áudio integral >> abaixo] + Entrevista concedida por Clara Pinto Correia a Luís Caetano, em 2005, a propósito do livro "Trinta Anos de Democracia: E Depois, Pronto" (Relógio d'Água Editores, 2004) + Clara Pinto Correia entrevistada por Luís Caetano, em 2006, por ocasião do lançamento do romance "A Primeira Luz da Madrugada" (Oficina do Livro, 2006).
UMA BOA IDEIA I | 14 Nov. 1986 [>> RTP-Arquivos]
Programa apresentado por Isabel Bahia, em entrevista com Clara Pinto Correia, escritora e bióloga, sobre a sua carreira profissional e sugestões de ocupação dos tempos livres.
JÁ ESTÁ | 29 Out. 1987 [Parte III >> RTP-Arquivos]
Programa apresentado por Joaquim Letria com entrevista em estúdio à convidada Clara Pinto Correia, professora universitária, bióloga, escritora e historiadora de ciência; participação musical de Paulo de Carvalho e a rubrica "Fotomaton" com o actor Guilherme Leite.
INTERIORES | 9 Out. 1992 [Parte I >> RTP-Arquivos / Parte II >> RTP-Arquivos]
Maria João Avilez entrevista Clara Pinto Correia, professora universitária, bióloga e escritora, sobre temas da sua vida profissional e particular, realizada na sua casa no bairro da Graça, precedida por pequena biografia ilustrada com imagens do seu quotidiano.
CARLOS CRUZ - QUARTA FEIRA | 20 Jan. 1993 [Parte I >> RTP-Arquivos / Parte II >> RTP-Arquivos / Parte III >> RTP-Arquivos]
Carlos Cruz entrevista Clara Pinto Correia, jornalista, escritora e bióloga, sobre a sua vida pessoal, com destaque para a pluralidade de campos de trabalho e interesse, e a explicação do número de ouro ou divina proporção, já utilizada na construção das pirâmides egípcias e templos gregos, e também presente na natureza.
A ILHA DE ORPHEU | 25 Fev. 1994 [>> RTP-Arquivos]
João Paes entrevista Clara Pinto Correia, sobre o seu mister de escritora e as suas predilecções culturais.
FALATÓRIO | 17 Mar. 1997 [Parte I >> RTP-Arquivos / Parte II >> RTP-Arquivos / Parte III >> RTP-Arquivos]
Pedro Rolo Duarte entrevista Clara Pinto Correia, sobre o seu percurso de vida pessoal e profissional enquanto escritora e bióloga, sendo destacado o tema da clonagem.
O AMIGO PÚBLICO I | 2 Abr. 1999 [Parte III >> RTP-Arquivos]
Programa recreativo apresentado por Júlio Isidro que entrevista Clara Pinto Correia.
A FERRO E FOGO | 27 Jun. 1999 [Parte I >> RTP-Arquivos / Parte II >> RTP-Arquivos]
Programa apresentado por Rita Ferro Rodrigues, em entrevista com Clara Pinto Correia, professora universitária, bióloga, escritora, investigadora e vice reitora da Universidade Lusófona, sobre momentos da vida pessoal, carreira profissional e as suas ideias sobre várias temáticas, e com a participação da convidada musical, Isabel Silvestre.
LER PARA CRER | 29 Jun. 1999 [Parte I >> RTP-Arquivos / Parte II >> RTP-Arquivos]
Programa apresentado por Francisco José Viegas, que conversa com Clara Pinto Correia, professora universitária, ensaísta, bióloga e escritora, a propósito da publicação do seu último romance "O Mistério dos Mistérios", e sobre a sua carreira académica e literária.
MESA PARA DOIS | 19 Nov. 2024 [>> RTP-Play]
Clara Pinto Correia, em conversa com João Gobern, falando das suas preferências gastronómicas e musicais, e ainda acerca do seu último romance, "Antares" (Editora Exclamação, Jun. 2024).
Avenidas
Letra: Clara Pinto Correia
Música: Rui Veloso
Arranjo: Rui Veloso e Fernando Nunes (Naná)
Intérprete: Anabela* (in CD "Primeiras Águas", Movieplay, 1996)
[instrumental]
Os que foram embora esta tarde
Já não esperam pela ceifa do trigo
Quando a minha vez chegar
Não vou levar nada comigo
Este ano depois da vindima
Nos dias das primeiras chuvas
Os velhos vão ficar sozinhos
A ouvir fermentar as uvas
O rio vai voltar a encher
De novo vai entrar pela aldeia
Mas eu não estarei cá p'ra ver
O regresso certo da cheia
[instrumental / vocalizos]
Na cidade o rio é o mesmo
Mas tem faróis e petroleiros
E os guindastes despejam os molhos
Nos caixotes dos cargueiros
O rio encheu as redes dos velhos
Mas eu não aprendi a pescar
E na cidade há avenidas
Que vão directas ao mar
O rio vai voltar a encher
De novo vai entrar pela aldeia
Mas eu não estarei cá p'ra ver
O regresso certo da cheia
[instrumental]
O rio vai voltar a encher
De novo vai entrar pela aldeia
Mas eu não estarei cá p'ra ver
O regresso certo da cheia
[3x]
Provérbios
Letra: Clara Pinto Correia
Música: José Salgueiro
Arranjo: José Salgueiro
Intérprete: Anabela* (in CD "Primeiras Águas", Movieplay, 1996)
[instrumental / vocalizos]
Nunca limpei armas em tempo de guerra
E só hei-de pagar uma dívida à terra
Os dias de tudo são véspera de nada
E meti-me ao caminho de muito amar a estrada
Quantos mais são os mouros melhor é a guerra
Não chegamos ao céu sem os ossos na terra
Quem se deitar à sorte aprende uma arte
Deus dá-nos as nozes, não é ele quem as parte
Porque se Deus é bom, não é mau o Diabo
Quem nunca se aventurou
nunca perdeu nem ganhou
Eu parti muito cedo sem olhar para trás
Filho meu a casa não voltarás
Quero-me livre de fome e de guerra,
livre de peste e de bispo na terra
Porque se Deus é bom, não é mau o Diabo
Quem nunca se aventurou
nunca perdeu nem ganhou
Aprendi que quem foje depressa se agarra
E se o outro mundo é de quem o ganha,
este é de quem o apanha
[instrumental / vocalizos]
Cada um enterra o seu pai como pode
Quem já perdeu tudo já ninguém lhe acode
Hão-de ser sempre mais as vozes que as gentes
Mas Deus só dá nozes a quem não tem dentes
Porque se Deus é bom, não é mau o Diabo
Quem nunca se aventurou
nunca perdeu nem ganhou
[bis]
Porque se Deus é bom...
Porque se Deus é bom...
Porque se Deus é bom...
[instrumental]
* Anabela – voz
Produção, direcção musical e repertório – José Salgueiro
Co-produção – Fernando Nunes (Naná)
Assistente de produção – Eduardo de Sousa
Gravado nos Estúdios Namouche, Lisboa
Misturas – José Salgueiro, João Pedro de Castro e Fernando Nunes (Naná)
Edição digital e masterização – João Pedro de Castro
URL: https://pt.wikipedia.org/wiki/Anabela_(cantora_portuguesa)
https://www.facebook.com/anabelaomeumundobom/
https://www.instagram.com/anabela.oficial/
https://www.youtube.com/@Anabelaoficialpt/videos
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Moby Dick
Letra: Clara Pinto Correia
Música: Rui Veloso
Intérprete: Rui Veloso* (in CD "Avenidas", EMI-VC, 1998, EMI Music Portugal, 2010, 2012, Warner Music Portugal, 2013)
[instrumental / vocalizos]
O meu avô atravessou todas as ondas
Cruzou as monções e arpoou as baleias
Cantava de noite uma canção mágica
Que chama às redes os bandos de moreias
Contou-me histórias de grutas azuis
Onde as medusas estão de guarda às maresias
E de mulheres como estátuas de sal
Para sempre à sua espera em praias vazias
[instrumental / vocalizos]
O meu avô amou a baleia branca
Por ela se foi perder nos dentes do mar
Mas deixou um mapa no meu travesseiro
P'ra quando também eu já não quiser voltar
Só eu conheço o rumo do norte
Que atravessa os olhos verdes das sereias
Até às baías de cristais de gelo
Onde em segredo se vão amar as baleias
[instrumental / vocalizos]
* Rui Veloso – voz
John Themis – guitarras acústicas
The London Session Orchestra – cordas / Concertino – Gavin Wright
Arranjos de cordas – Godfrey Wang
Programações e samplers – Luís Jardim
Produção – Luís Jardim
Co-Produção – Rui Veloso e Carlos Tê
Produção Executiva – Manuel Moura dos Santos
Gravado e misturado por Jon Mallison no Livingston Recording Studios, Ltd., Londres, de 21 de Setembro a 9 de Outubro de 1998
Assistentes – Simon Burnwell, Nick Coplowe e Mike Body
Masterizado por Tim Burrel, no The Town House Studio, Londres
URL: https://ruiveloso.pt/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rui_Veloso
https://www.facebook.com/rui.veloso.oficial/
https://www.instagram.com/ruivelosoficial/
https://www.youtube.com/@ruivelosotv/videos
https://music.youtube.com/channel/UC47p_M4XH5xN2cADep6U2mA

Capa do CD "Primeiras Águas", de Anabela (Movieplay, 1996)
Fotografia – Roberto Giostra
Design gráfico – Dupla

Capa do CD "Avenidas", de Rui Veloso (EMI-VC, 1998)
Fotografia – Ray Burmiston
Design e tratamento gráfico da fotografia – Fátima Rolo Duarte.







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