20 dezembro 2006
Miguel Torga: "Natal"
Giotto di Bondone, "Natividade", 1306, fresco, Cappella dell'Arena (Cappella degli Scrovegni), Pádua
NATAL
Leio o teu nome
Na página da noite:
Menino Deus...
E fico a meditar
No milagre dobrado
De ser Deus e menino.
Em Deus não acredito.
Mas de ti como posso duvidar?
Todos os dias nascem
Meninos pobres em currais de gado
Crianças que são ânsias alargadas
De horizontes pequenos.
Humanas alvoradas...
A divindade é o menos.
Poema de Miguel Torga (in "Diário X", Coimbra: Edição do autor, 1968; "Poesia Completa", Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2000, 2002)
Recitado pelo autor (in LP "Natal: Um Conto e Vinte e Um Poemas", EMI-VC, 1986, reed. EMI-VC, 2000)
Um Feliz Natal.
ResponderEliminarGrato pelo poema.
Abraços e que o Novo Ano te traga o que de bom a vida nos dá: saúde e paz de espírito.
:)
ResponderEliminar